sexta-feira, 21 de maio de 2010

MUNICÍPIO DE MORAÚJO TEM POTENCIAL ARQUEOLÓGICO E ESPELEOLÓGICO PARA SER PRESERVADO

Para se falar de Arqueologia primeiro temos que conhecer um pouco da história deste município chamado de Moraújo. Origem do Topônimo: Moraújo, junção dos nomes das duas famílias; Moreira e Araújo, homenagem às duas. Localiza-se na região noroeste cearense e tem suas origens no início da segunda metade do século XIX com a construção de uma pequena capela em honra de Nossa Senhora da Conceição, sob a iniciativa de Guilherme dos Reis e outros fazendeiros e demais moradores da região, em torno da qual surgiram as primeiras casas, dando origem à pequena povoação de nome Pedrinhas, essa denominação perdurou até 1951, quando a povoação foi elevada à categoria de Vila e sede de distrito, do município de Coreaú. Em 27 de novembro de 1957 Moraújo adquiriu sua autonomia política, emancipando-se de Coreaú. Seu primeiro Prefeito foi o moraujense Vicente Benício de Vasconcelos. Os primeiros habitantes de Moraújo foram os índios, que viviam em aldeamentos e desfrutavam da pesca, flora e fauna na região do sopé das serras do Vale do Coreaú. Nesta latente descobrimos que nossos ancestrais deixaram seus sinais rupestres na localidade do Serrote Itacoatiara bem próximo do lugarejo chamado de Aroeiras e também no Distrito de Boa Esperança onde ali se observa uma Cachoeira e uma seqüência de pequenas cavernas que deve ser catalogadas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia. É bom que se diga que este local Pré-histórico deve ser vistoriado e preservado pelas autoridades do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN aquém pertence este bem público Nacional. O tombamento dos Sítios Arqueológicos se dar pelo processo administrativo realizado pelo poder público das três esferas: Federal; Estadual e Municipal, para preservar efetivamente, por intermédio de uma legislação específica, bens com valor material e cultural. Quando um bem é tombado, significa que foram reconhecidas sua importância histórica, cultural, artística, arquitetônica, ambiental e afetiva. Deve, portanto, ser conservado, protegido e restaurado, permanecendo preservado para futuras gerações. Espero que nosso alerta sirva para acordar os verdadeiros responsáveis destas pinturas rupestres enigmáticas encravadas em quase todos os municípios cearense, que ainda algumas permanecem abandonadas aguardando a boa vontade do homem público que sempre estão enclausurados em seus gabinetes, e ainda não sabem o valorizar estes santuários infinitos da memória do povo brasileiro. Por Célio Cavalcante – Guardião da Arqueologia Cearense.

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