quarta-feira, 23 de março de 2011

MUNICÍPIO DE ITATIRA CEARÁ TEM POTENCIAL ARQUEOLÓGICO DOS PERÍODOS PALEOLÍTICO E NEÓLITICO














O município de Itatira está localizado na região do Sertão Central e fica aproximadamente 216 km da Capital cearense. Seu topônimo Itatira vem do tupi Ita (Pedra) e Tira (Áspero) e significa pedra de aparência áspera. O topônimo Itatira faz assim uma alusão acordilheira de serras e pedras da região. Sua denominação original era Serra da Samambaia, depois Sítio São Gonçalo, Belém, Belém de Quinim e desde 1943, Itatira. Neste município se encontra vários pontos que devem ser visitado por pesquisadores de nossa Pré-história aonde aqui descrevemos: Casa de Pedra do Olho D’água dos Carneiros; Furna de São José dos Guerras; Olho d'água de São Pedro; Pico dos Três Irmãos; Serra da Boa Vista; Serra do Machado; Serra dos Sacos dos Sales; Serrote das Piabas; Serrote da Seriema e Serrote dos Joaquim entre outros locais com evidência da passagem dos nossos ancestral. A Serra do Machado segundo informações do Professor Ronaldo Rodrigues morador daquele Município que inspecionou o local com alguns de seus colegas, existe uma variedade de pinturas rupestres por ele catalogadas que deve ser inventariado pelos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Alguns pesquisadores da Pré-história afirmam que as pinturas rupestres do Paleolítico simbolizam-se animais e linhas. No Neolítico representavam-se animais, seres humanos, o médio ambiente e mãos, representando os demais o comportamento habitual do agrupamento e sua interação com as criaturas do meio e suas deidades. No ano de 1996 o Guardião da Arqueologia Cearense Sr. Célio Cavalcante fez uma caminhada nestes locais Pré-históricos daquele município aonde tive total apoio do mecânico aeronáutico Bráuli Guerra que lhe hospedou em sua residência na fazenda de sua propriedade no Distrito de Lagoa do Mato. O tempo passa muito rápido e hoje observamos que as pinturas rupestres não são mais as mesmas vistas há 15 anos, pelo pesquisador Célio Cavalcante, haja visto que neste intervalo de tempo houve uma degradação e decomposição das rochas com as modificações sofridas pelo solo, devido a variações de temperatura e, principalmente à ação da água e do vento, que vem tirando a perfeição destas pinturas rupestres de propriedade da União. Aqui aproveito para chamar atenção das autoridades constituídas de nossa Federação para se mobilizarem na forma da Lei, para uma política mais séria de preservação deste Patrimônio Nacional, que estão inseridos em quase todos os municípios cearenses. Por Célio Cavalcante pesquisador da Pré-história – Sócio do Centro Brasileiro de Arqueologia-CBA e Correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.

2 comentários:

  1. Muito obrigado pela atenção e pelo privilegio de ser matéria de destaque em seu blog , cabe aos pesquisadores mobilizar a opinião publica para pressionar os poderes públicos, afim de elaborarem leis que possibilite a preservação do patrimônio arqueológico da nossa região, podendo assim ser explorada tanto no meio acadêmico como no imenso potencial turístico, mas claro este ultimo com moderação, para maiores informações visite também o blog ( Serra e Sertão) do Professor Vandeir Torres de Lagoa do Mato. Muito obrigado e um imenso abraço.

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  2. Adorei a pesquisa,sempre é bom conhecer a fundo a história do nosso município.

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