ESTADO DE RORAIMA TEM POTENCIAL ARQUEOLÓGICO

O Estado de Roraima tem um potencial arqueológico fora do comum para isso o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN já cadastrou até o momento 80 sítios Arqueológicos de pinturas rupestres, entre as reservas indígenas São Marcos e Raposa Serra do Siol em Roraima. A cientista da Pré-história Shirlei Martins explica que, além de urnas funerárias, são comuns os desenhos em rocha nas áreas de savana ao norte de Caracaraí. Nas regiões de floresta, mais ao sul do estado, não se encontram pinturas rupestres, mas petroglifos, desenhos escavados na pedra em baixo-relevo. A professora disse ainda que o povo mais conhecido seja o chamado rupununi, que viveram na área de savana ao norte do estado, próximo à fronteira com a Guiana. Vestígios apontam que eles estiveram na região desde 1.200 anos atrás, até os primeiros contatos com os europeus, no século 18. “Eles enterravam seus mortos em urnas funerárias com muitos materiais interessantes, inclusive artefatos europeus que receberam” Rumores sobre antigos desenhos incas, fenícios e até gregos no estado amazônico não são verdadeiros, segundo a pesquisadora. Finalizou dizendo os trabalhos arqueológicos em Roraima esbarra na falta de recursos, só está sendo possível porque os municípios que os abrigam estas religueas resolveram dar apoio logístico. Shirlei Martins dos Santos Possui graduação em ARQUITETURA E URBANISMO pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1984) e mestrado em HISTÓRIA pela Universidade Federal de Pernambuco (1994). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Roraima, atuando principalmente nos seguintes temas: ETNO-HISTÓRIA, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ARQUEOLOGIA DA AMAZÔNIA E RORAIMA. Fotografia de Ari Silva.