Não
é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão
virar político. O avanço social e político do povo só depende do seu grau de
organização, o povo unido em torno de objetivos republicanos e de interesse de
todos, com certeza, gozará dos efeitos benéficos do progresso e do
desenvolvimento social. A aspiração do povo forquihense pela sua ascensão
política,em busca de sua autonomia política , remonta à época em a nossa terra
foi elevada à categoria de Vila, vinculado ao Município de Sobral,na data de 2
de maio de 1933. Registre-se, no período de 16 de dezembro de 1963 a 2
de janeiro de 1964, 17 dias, o Gancho foi elevado à categoria de município, a
lei que o criou, posteriormente, só teve vigência por 17 dias, repita-se, foi
revogada. Eu era uma criança, no ano de 1963, mas me recordo bem, que o Aldair
Vasconcelos Prado, sogro do meu amigo Célio Cavalcante, por essa época, passou
a ser chamado de “ prefeito”, dada a irrefutável simpatia dele e da sua esposa,
Matilde, minha prima querida. Na verdade, foi, assim, o nome mais ensaiado para
concorrer ao cargo de prefeito, mesmo por que prestava um grande serviço de
transporte a todos nos Forquilhenses, nos caminhões do Zé Freitas e da Brahma e
tinha uma distinta benquerença pelo Gancho. O tempo passa, Forquilha, cresce, e
os lideres políticos de Sobral só davam registros de suas presenças na nossa
terra na época das eleições, tornando –se a nossa terra um claro curral
eleitoral, merecedor de missa de réquiem de 3ª categoria, já que era totalmente
ausente a presença do poder público na nossa terra, afora, a construção do
nosso açude, nada, quase nada mesmo, de obras e serviços, quer do plano
federal, estadual ou municipal. Como os políticos tradicionais de Forquilha e
de Sobral não abraçaram a idéia de nossa emancipação, surgiu, espontaneamente,
no nosso torrão , um grupo de bravos forquilhenses decidido a gritar e a lutar
pela nossa emancipação política, oportunidade, em que começaram a ser feitas reuniões
na sede do Clube União e no “Casarão dos Martins”,com a participação decisiva
de Abelardo Cavalcante, meu líder, um guerreiro, Dr. Luiz Martins Viana, Juarez
Siqueira, Onélio Gomes, Rildson Martins, , Raimundo Saraiva, Francisco Neres,
Joaquim Torres, Edgar Ciriaco, Mariano Lopes. Redigi o pedido formal de nossa
emancipação e fiz o seu acompanhamento jurídico. Abelardo foi o nosso 1º
vice-prefeito de Forquilha e José Antonio, o titular, um organizado prefeito,
pena que à época, antes da Constituição , o município brasileiro não
tinha as fontes de renda que hoje conta e o seu mandato só foi de 3 anos, o
menor de todos eles. De fato, com a definição formal do movimento glorioso da
nossa emancipação política, um dos nomes que gozava da simpatia da quase unanimidade
dos seus conterrâneos, era o do Dr. Luiz Martins Viana, conhecia e era
conhecido por todos Forquilhenses, tanto os do sertão como os do centro, os da
sede, tinha uma boa formação intelectual, foi seminarista, afilhado de Dom José
Tupinambá da Frota, estudou no Colégio São João, em Fortaleza, à época um dos
bons estabelecimentos de ensino do Estado, formou-se na Escola Técnica
Agrícola/agronomia de Areias, vinculada a Universidade Federal da Paraíba. No
ano de 1955, o Banco do Nordeste fez concurso público para o preenchimento de
vagas aos cargos de “ Fiscal Orientador”, privativo de agrônomos e técnicos
agrícolas, tendo sido brilhantemente aprovado, numa época em que o melhor
emprego do país era junto ao Banco do Brasil ou o do Nordeste. Tinha mais de
700 afilhados, casado com a saudosa professora Marrina Magalhães Martins, filha
do industrial quiteriense Raimundo Martins de Mesquita, tio do Ministro Moacir
Catunda Martins. Luiz Martins, foi o Presidente de Honra da Comissão de
Emancipação de Forquilha. Á nossa terra, parabéns, meus parabéns pelos seus 30
anos de libertação do jugo político perverso de Sobral, parabéns a todos os
eleitores que votaram no “ SIM” do plebiscito e a todos os membros da Comissão
da Emancipação. O Dr.Gerlásio Martins, alto funcionário público federal
(Justiça Federal) , atualmente no exercício do honroso cargo de prefeito, com
certeza, fez um show de bola, no dia 05 de fevereiro, em nome dos 30 anos da
independência de Forquilha. O ex-prefeito, Edmundo Rodrigues, também patrocinou
uma grande cavalgada. A título apenas de estampa, o pai do Gerlásio foi
prefeito, seu tio e padrinho Malaquias também foi prefeito, por 3 mandatos, o
seu avo Jose Martins Viana foi Presidente da Câmara Municipal de Sobral e,
mais, prefeito interino de Sobral. Atualmente há um ensurdecedor debate entre
os grupos de Edmundo Rodrigues e do atual prefeito no sentido de apontarem quem
mais fez e mais faz pelo Gancho, essa questão é positiva e só quem ganha é o
nosso município, valendo lembrar que até agora Gerlásio so tem dois anos de
mandato, enquanto o Edmundo teve 08 anos, como titular do município. Dois bons
nomes... as urnas dirão quem é o melhor, mesmo por que foram os melhores
prefeitos da na nossa urbe. Os bons ventos sopram em direção da possível
reeleição do Gerlásio, mas, para tanto, impõe-se que ele mantenha coeso o seu
grupo político que lhe apoiou nas eleições passadas municipais e que vem lhe
sustentando em sua administração e , com carinho, trate o seu eleitorado, como
é do seu costume. É da essência do nosso povo, faz parte da sua natureza e
cultura, valorar a boa atenção que lhe é dispensada pelos prefeitos. Edmundo e
Jose Antonio aprenderam essa lição e Gerlásio dela não pode olvidar. Regis e
Guida Prado estão se credenciando no processo político, em permanente contato
com o povo necessitado. Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o
seu voto que faz o ladrão virar político, ainda bem, que temos uma bem formada
Câmara Municipal e dois possíveis candidatos e ate prova ao contrario, honestos
nos seus bons propósitos de bem servirem a nossa cidade. Estas e outras no diário de notícia do Pesquisador da Pré-história e Radioamador Célio Cavalcante membro correspondente da ACEJI e do Jornal Circular da cidade de Sobral-Ceará.
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