quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

GUARDIÃO DA ARQUEOLOGIA CEARENSE RELEMBRA SUA INFÂNCIA EDUCACIONAL

Entrar no baú da história educacional, de quando éramos jovens, é preciso coragem de espírito para desvendar aquilo que
ficou registrado em nosso computador celebral. Lembro-me muito bem dos meus primeiros caminhar rumo à Escola. Minha primeira professora do ABC foi a minha parenta bem próxima Maria da Dorinha, com é conhecida em Forquilha. A segunda professora foi a Sra. Nazaré Aragão hoje casada com o funcionário do DNOCS Edson Moraes, que mim ensinou, assoletrar na Cartilha do Povo. A terceira Professora foi a Socorro da Dona Venefrida Rodrigues. Esta com seu jeito afável me fiz praticar as leituras da Cartilha de Lili, aonde aqui posso acender um pouco de suas primeiras lições: “Lili! Olhe para mim, eu me chamo Lili, eu comi muito doce, vocês gostam de doce, eu gostam de doce!”. Na segunda leitura “trazia o titulo Lili em seu Piano.” Lili toca piano Lili toca assim dó, ré, mi, fá... Suzete é a cachorrinha. “Toca Lili, toca dó ré mi, fá...” São estas lembranças que o tempo consumiu, ficando em cada mente o Livro de Lili como o chamávamos na infância foi o primeiro contato que tivemos com um livro em nossas vidas. Aquele pequeno livro para alfabetizar aquelas crianças quase todas vindas da zona rural, e dos grandes centros para a busca do conhecimento. Os olhinhos chegavam a bilhar de tanta curiosidade, eram simples, porém com muita vontade de aprender. Acartilha do Povo trazia suas letras graúdas e mostrava seus objetos, por exemplo: A de Avião – B de Bola – C de casa etc. Para desopilar um pouquinho de nossa história trago alguns fatos, muito interessante na vida escolar de outros estudantes. Certo dia estava estudando no MOBRAL, nosso amigo Chicão do Benedito, ele sabia assoletrar muito bem, nas não interpretava o que estava escrito, olhava mais para as figuras da Cartilha do Povo, a professora pediu para ele soletrar, a palavra Sapo, ele não contou pipoca assoletrou muito bem e, olhou para figura e disse Cururu. Vocês que agora lê este resumo e também foi alfabetizado com estas cartilhas deve compreender o que estou escrevendo, são lembranças que ficaram marcadas em nossos pensamentos que já mais se apagaram. Descrevo essa passagem, bem vivida do escriba Célio Cavalcante na década dos anos 60 nas residências das professoras já mencionadas. Mais uma do diário do Guardião da Arqueologia cearense. " Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"

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