As terras entre a serra de Uruburetama e ao lado oeste do Rio Mundaú, que hoje fazem parte do município de Itapipoca, eram habitadas por diversas etnias indígenas Tupis e Tapuia, entre elas: Tremembé, Anacé, Apuiaré e tantas outras etnias, que deixaram sua potencialidade rupestre entre rochas e cavernas. No Século XVII, com definitiva ocupação da terra do Siará Grande, pelos portugueses, esta região começou a ser ocupada via a lei de Sesmarias. As primeiras possessões foram os sítios Santo Amaro e São José. Com a expansão da pecuária no ciclo do couro e da agricultura do algodão, esta ocupação intensifica-se e Itapipoca consolida-se como centro urbano no século XIX. Nos planos de ligação Fortaleza-Sobral através dos caminhos da Estada de Ferro no século XX, surge de Itapipoca com três estações: Rajada, Itapipoca e Craúna/Anario Braga. Hoje se saímos de Sobral a Fortaleza acompanhando a estrada de ferro abriu-se um campo muito largo para se pesquisar nossa Arqueologia das Artes Rupestre. No Município de Itapipoca o que é mais famosa é “Pedra Ferrada”, localizada na encosta da Serra de Uruburetama, e que contém pinturas rupestres detalhadas descrição dessa localidade, afirmando que essas sinalações rupestres são desenhos de coloração avermelhada, basicamente de animais (pássaros e quadrúpedes) e figuras humanas em movimento. Este local é bastante conhecido pela população do município e se tornou uma espécie de cartão postal, tendo a prefeitura, inclusive, construído uma réplica em uma praça da cidade (Praça dos Três Climas, em frente à Estação Rodoviária). No Município de Sobral, POMPEU SOBRINHO (1942) relata a descoberta de crânios humanos, em um sítio arqueológico que ficou conhecido como Gruta do Canastra. Atualmente não se tem a localização exata desse sítio e os ossos provavelmente foram depositados no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em algum lugar da Serra de Uruburetama, pesquisadores da Comissão Científica de Exploração, em 1860, relatam também descobertas de restos de um crânio humano, que ficou conhecido como a “Calota de Uruburetama”, e que também foi enviada para o Museu Nacional-RJ. Agora conheça os povos indígenas do Estado do Ceará.TAPEBA. MUNICÍPIO: Caucaia. TREMEMBÉ. MUNICÍPIO: Itarema, Acaraú e Itapipoca. PITAGURY. MUNICÍPIO: Maracanaú e Pacatuba. JENIPAPO-KENINDÉ. MUNICIPIO: Aquiraz. KANINDÉ. MUNICÍPIO: Aratuba e Canindé. POTYGUARA/POTIGUARA. MUNICÍPIO: Crateús, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente e Tamboril. TABAJARA. MUNICÍPIO: Crateús, Monsenhor Tabosa, Poranga, Quiterianópolis e Tamboril. KALABAÇO. MUNICÍPIO: Crateús e Poranga. KARIRI.MUNICÍPIO: Crateús, Crato. ANACÉ. MUNICÍPIO: São Gonçalo do Amarante e Caucaia. GAVIÃO. MUNICÍPIO: Monsenhor Tabosa. TAPIBA/TAPUIA. MUNICIPIO: Monsenhor Tabosa. TUPINAMBÁ. MUNICÍPIO: Novo Oriente. Estas e outras no diário de notícia do pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante, membro do Conselho Consultivo do Centro Brasileiro de Arqueologia e Corresponde da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.
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