segunda-feira, 30 de abril de 2012

CARREIRA DE ARQUEÓLOGO: ESCAVADORES DAS CIVILIZAÇÕES HUMANAS


VOLTADO PARA A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA DE CIVILIZAÇÕES, OS ARQUEÓLOGOS BUSCAM CONHECER OS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA HUMANIDADE. Aventureiro e destemido, o personagem Indiana Jones é quem povoa o imaginário coletivo quando se fala de arqueologia. Mas nem só de histórias incríveis vive esse profissional. “Existe um pouco da aventura do Indiana, mas é um trabalho árduo que requer preparação física, senso de observação acurado, paciência e disponibilidade para viagens”, afirma a arqueóloga Marcélia Marques. O arqueólogo é responsável por estudar as civilizações por meio de bens materiais. Com 22 anos de profissão, há 13 Marcélia se dedica a pesquisas na região do Sertão Central do Ceará. “Fascina muito saber que um objeto, um artefato, foi manuseado num passado distante, foi um instrumento do lítico, da pedra lascada”, diz. De acordo com ela, os trabalhos de pesquisa podem ser realizados em topos de morros, próximo a riachos, rios, terraços fluviais. Antes mesmo de se dirigir ao local, destaca, é necessário fazer prospecção, que é o reconhecimento da área, e seguir indicações de topônimos – através do nome das regiões, que podem ter origens indígenas. Porém, os estudos não se limitam a isso, sendo necessário passar por várias etapas, que incluem entrevistas com conhecedores dos locais. Demanda - Empreendimentos de todos os portes estão sujeitos a estudos, segundo a arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Ceará (Iphan). “A ideia não é atrasar a obra. A priori, o estudo arqueológico tem o objetivo de evitar que o patrimônio seja destruído com as construções, já que há remoção de sedimentos”, afirma. Nos últimos dez anos, os campos de atuação estão cada vez mais crescentes. Ainda há muito a ser estudado no Ceará em relação a grupos existentes antes da chegada dos europeus tanto no sertão quanto no litoral. Também há oportunidades de trabalho em instituições públicas, em museus, além de consultoria para empresas. Mesmo sendo uma área multidisciplinar, o arqueólogo possui métodos próprios de pesquisa. No Nordeste há cursos acadêmicos em arqueologia apenas em Pernambuco e no Piauí. Por isso, a maioria dos atuantes no Estado são “importados”. Um arqueólogo costuma receber entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, mas esses valores podem variar. EM ALTAATUAÇÃO” Há legis-lação que obriga estudos arqueológicos em construções de engenharia. Além disso, como são poucos profissionais cearenses, há muito a ser estudado no Estado. EM BAIXAPRESERVAÇÃO” Mesmo com a grande demanda, não há cursos no Ceará. As pesquisas dependem do interesse dos próprios estudiosos. Por parte da sociedade, ainda não há tanta valorização na a preservação da história das civilizações. Saiba maisMercado” O mercado para arqueólogos tem se tornado cada vez mais amplo com a construção de empreendimentos, principalmente os de grande porte. Atualmente há legislação que exige estudos arqueológicos antes de construção, com o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/Rima). Fonte do Jornal O POVO pelo repórter Ricardo Machado/Divulgação. É bom que se diga que nossa Arqueóloga Dra. Marcélia Marques do Nascimento já fez um trabalho no município de Forquilha-Ce, catalogando as relíquias de pinturas rupestres juntamente com o pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante (Guardião da Arqueologia Cearense) e o Geólogo Dr. Raimundo Mariano Gomes Castelo Branco, Diretor do Laboratório de Geofísica da UFC na década dos anos 90. Estas e outras aqui no diário de notícia de Célio Cavalcante, membro do Conselho Consultivo do Centro Brasileiro de Arqueologia e Correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.

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