VOLTADO PARA A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA DE CIVILIZAÇÕES, OS ARQUEÓLOGOS
BUSCAM CONHECER OS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA HUMANIDADE. Aventureiro e destemido, o personagem Indiana Jones é quem
povoa o imaginário coletivo quando se fala de arqueologia. Mas nem só de
histórias incríveis vive esse profissional. “Existe um pouco da aventura do
Indiana, mas é um trabalho árduo que requer preparação física, senso de
observação acurado, paciência e disponibilidade para viagens”, afirma a
arqueóloga Marcélia Marques. O arqueólogo é responsável por
estudar as civilizações por meio de bens materiais. Com 22 anos de profissão,
há 13 Marcélia se dedica a pesquisas na região do Sertão Central do Ceará.
“Fascina muito saber que um objeto, um artefato, foi manuseado num passado
distante, foi um instrumento do lítico, da pedra lascada”, diz. De acordo com ela, os trabalhos de pesquisa podem ser
realizados em topos de morros, próximo a riachos, rios, terraços fluviais.
Antes mesmo de se dirigir ao local, destaca, é necessário fazer prospecção, que
é o reconhecimento da área, e seguir indicações de topônimos – através do nome
das regiões, que podem ter origens indígenas. Porém, os estudos não se limitam
a isso, sendo necessário passar por várias etapas, que incluem entrevistas com
conhecedores dos locais. Demanda - Empreendimentos
de todos os portes estão sujeitos a estudos, segundo a arqueóloga do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Ceará (Iphan). “A ideia não é
atrasar a obra. A priori, o estudo arqueológico tem o objetivo de evitar que o
patrimônio seja destruído com as construções, já que há remoção de sedimentos”,
afirma. Nos últimos dez anos, os
campos de atuação estão cada vez mais crescentes. Ainda há muito a ser estudado
no Ceará em relação a grupos existentes antes da chegada dos europeus tanto no
sertão quanto no litoral. Também há oportunidades de trabalho em instituições públicas,
em museus, além de consultoria para empresas. Mesmo sendo uma área
multidisciplinar, o arqueólogo possui métodos próprios de pesquisa.
No Nordeste há cursos acadêmicos em arqueologia
apenas em Pernambuco e no Piauí. Por isso, a maioria dos atuantes no Estado são
“importados”. Um arqueólogo costuma receber entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, mas
esses valores podem variar. EM ALTA “ATUAÇÃO”
Há legis-lação que obriga estudos arqueológicos
em construções de engenharia. Além disso, como são poucos profissionais cearenses,
há muito a ser estudado no Estado. EM BAIXA “PRESERVAÇÃO”
Mesmo com a grande demanda, não há cursos no
Ceará. As pesquisas dependem do interesse dos próprios estudiosos. Por parte da
sociedade, ainda não há tanta valorização na a preservação da história das
civilizações. Saiba mais “Mercado” O mercado para arqueólogos tem se tornado cada vez
mais amplo com a construção de empreendimentos, principalmente os de grande
porte. Atualmente há legislação que exige estudos arqueológicos antes de
construção, com o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio
Ambiente (EIA/Rima). Fonte do Jornal O POVO pelo repórter Ricardo
Machado/Divulgação. É bom que se diga que nossa Arqueóloga Dra. Marcélia Marques do
Nascimento já fez um trabalho no município de Forquilha-Ce, catalogando as
relíquias de pinturas rupestres juntamente com o pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante (Guardião da
Arqueologia Cearense) e o Geólogo Dr. Raimundo Mariano Gomes Castelo Branco,
Diretor do Laboratório de Geofísica da UFC na década dos anos 90. Estas e
outras aqui no diário de notícia de Célio Cavalcante, membro do Conselho
Consultivo do Centro Brasileiro de Arqueologia e Correspondente da Sociedade
Paraibana de Arqueologia-SPA.
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