Nos municípios cearense de Quixadá e Quixeramobim
estão localizados os sítios arqueológicos com representações arte rupestre,
basicamente na depressão Central, circunscrita na feição denominada de
Superfície Sertaneja. Há nessas áreas duas grandes feições morfológicas: a
primeira, representada pelas montanhas e pelos morros da fase de aplainamento
da Superfície Sul-americana formada por inselbergs ou “montanhas-ilhas” e a
segunda, representada pela parte aplainada da região, conhecida como superfície
sertaneja. Nessas feições correm os rios, nos quais, em seus leitos ou nas
proximidades, foram elaboradas gravuras e pinturas rupestres. A área de
pesquisa está situada na região do Sertão Central do Ceará, Nordeste do Brasil,
na bacia do rio Jaguaribe, especificamente nas sub-bacias dos rios Quixeramobim
e Banabuiú. O acesso até os sítios arqueológicos pode ser efetuado através de
duas rodovias. Partindo-se de Fortaleza pela BR 116, após percorrer cerca de 80
km,
chega-se ao Triângulo, Em seguida trafegando através da Rodovia do Algodão CE
350 e continuando pela CE 060, depara-se com a área de pesquisa. Há muitos registros arqueológicos
pré-históricos na região indicando uma ocupação humana que chega há 12.000
anos. São sítios com ossadas, artefatos indígenas em pedra, ossos e cerâmica,
vestígios de fogueiras, gravuras, picote-amentos e pinturas rupestres, a
maioria, resguardados nas cavernas, abrigos e junto aos paredões rochosos. Vale
apenas visitar estes locais sagrados dos nossos ancestrais no município de
Quixeramobim sendo eles: Pedra do Letreiro – localizado na Fazenda Alegre, tem 6
a 7 milhões de
anos, constando de 875 inscrições rupestres(gravuras), no leito de um riacho e
uma queda d’água, além de 16 círculos formados por pedras. Canhotinho –
localizado na Fazenda Canhotinho. Trata-se de uma roda de belas inscrições
rupestres e um olho d’água cercado por belos monólitos. São José – distando 6
km de da sede, trata-se de três sinalizações rupestres numa
pedra no leito do rio Quixeramobim. Mocó – a menos de 6
kmda
cidade, contando com 3 sinalizações
rupestres elaboradas por picoteamento superficial. Poço da serra – localizado
na Fazenda de mesmo nome, é composto de roda parcialmente coberta por areia do
leito do rio. Santa Maria – ao pé da Serrinha de Santa Maria, trata-se de um
abrigo sobre a rocha, onde se vêem pinturas em
vermelho. Cachoeira do
Nêgo – localizada no leito do riacho Batista, apresenta inscrições rupestres em
rochas. Serrote da Onça – um grande bloco de granito, com dez pinturas de
tinta vermelha. Jordão – na Fazenda Jordão. Descrição serra da lagoa, acima do
nível da água, registrando a existência de pinturas rupestres. Serrote da
Fortuna – localizada na Fazenda Paus Brancos, tratando-se de um bloco pequeno
de gnaisse contendo pinturas rupestres. Outro fato interessante também em
Quixadá a Trilha da Barriguda, recebe esse nome porque, após atravessar uma
fresta de 10 metros de comprimento, entre uma imensa formação rochosa, ao se
deparar com uma clareira, vê-se uma enorme paineira cujo tronco lembra a
barriga de uma mulher grávida. Fonte: Pesquisado em alguns
site e periódicos das cidades já mencionadas acima. Estas e outras no
diário de notícia do Pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante membro
correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA e do Jornal Circular
da cidade de Sobral-Ceará.
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