domingo, 3 de maio de 2015

O FARMACÊUTICO DR. RAMOS É HOMENAGEADO NO JORNAL CORREIO DA SEMANA ATRAVÉS DA COLUNA CANTINHO DA SAUDADE DE THIAGO ALVES

O Dr. João Ribeiro Ramos era filho de Francisco Ramos dos Reis e Joaquina (Quininha) Ribeiro Ramos, o farmacêutico Dr. Ramos, como ficou conhecido, nasceu em Guaramiranga, na Serra de Baturité (CE), no dia 10 de abril de 1906. Era casado com a professora e poetisa Dinorah Thomaz Ramos, nascida em Santana do Acaraú (CE) em 8 de outubro de 1906, filha do tabelião Francisco Thomaz Lourenço e Dona Marieta Farias. Dr. Ramos faleceu aos 94 anos, em Fortaleza (CE), no dia 12 de maio de 2000; Professora Dinorah, aos 83 anos, em Fortaleza (CE), em 29 de agosto de 1990. O casal acha-se sepultado no Cemitério Parque da Paz em Fortaleza(CE). O menino João Ribeiro Ramos estudou as primeiras letras com seu pai e frequentou a Escola Pública da Vila Conceição. Em 1919, mudou-se para Fortaleza (CE) já como prático em manipulação e como tal empregou-se na Pharmacia Normal. Fez Curso Secundário na Fênix Caixeiral e depois os Preparatórios no Liceu do Ceará. Trabalhou, ainda, nas Farmácias Francesa, Globo e Meton. Colou grau em Farmácia pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará (FFOC) em 19 de dezembro de 1925. Em 1927 transferiu-se para a cidade de Acaraú (CE), onde se estabeleceu com a Farmácia de Acaraú. Logo se fez redator do Jornal o Acaraú e de 1934 a 1937 respondeu como Juiz de Direito Adjunto da Comarca daquele município. A 26 de julho de 1929 casou com Dinorah Thomaz Ramos em Santana do Acaraú (CE), filha do tabelião Francisco Thomaz e de Marieta Farias. Foi educada pelo tio, Pe. Antônio Thomaz - Príncipe dos Poetas do Ceará. Além de também sonetista inspirada e de descortino intelectual primoroso, Dinorah era oradora brilhante e exímia violonista. Juntos, entre rimas, músicas e fórmulas magistrais, os dois, boticário Dr. Ramos e professora Dinorah, iniciaram uma caminhada de amor.  E ficaram noivos perpétuos numa união admirável, edificante, que durou 61 anos. O lar por eles construído foi templo de amor, trabalho, compromisso com o dever, exemplo de sacrifício, alegria, felicidade, onde a graça de bem viver uma vida fez cada um dos seus dez filhos sentir-se amado e preparar-se para também servir a Deus e ao próximo. São eles: Francisco Marcelo, Francisco Aroldo (falecido), Maria Evangelina, Francisco Manfredo, Francisco Haroldo, Maria Eloísa, Marieta, Joaquina Maria, Teresa Maria e Francisco Antônio. Os seis primeiros nascidos em Acaraú e os quatro últimos em Sobral. Fizeram-se engenheiro, médicos, matemático, padre e advogados. Um apanágio de família fez de todos professores, exceto Marieta que comanda uma indústria. Ramos e Dinorah acolheram ainda como filhos, no espaço do lar e do coração de pais, mais alguns sobrinhos e alunos que buscavam orientação e educação intelectual. Era, enfim, uma família numerosa e, a casa, uma oficina de alegria e estudo. Na terra de Dom José Tupinambá da Frota, Dr. Ramos residiu por longos 42 anos. Teve participação ativa na vida sócio-educacional, cultural e política deste povo de quem se fez irmão, pois recebeu da Câmara Municipal o Título de Cidadão Honorífico de Sobral. Foi professor e Diretor da Escola Técnica de Comércio Dom José por duas décadas. Incansável na luta em favor das Letras e da Cultura, além de escrever para jornais de Fortaleza (Gazeta de Notícias, Unitário, Correio do Ceará, O Povo e Tribuna do Ceará), Dr. Ramos colaborou durante 30 anos com este Semanário da Diocese de Sobral (Correio da Semana). Também prestou valiosa colaboração à extinta Rádio Iracema ZH 22 (hoje Rádio Regional) por igual período, e diariamente, com a crônica “Spot Light”. Construindo a interiorização do saber, em 1943, participou da organização e fundação da Academia Sobralense de Estudos e Letras ao lado de Mons. Vicente Martins da Costa. E esteve seu presidente por vinte e dois anos consecutivos. Foi também o Dr. Ramos o pioneiro do movimento em favor da criação de uma Faculdade de Filosofia em Sobral. Essa ação é prova incontestável de sua extraordinária vitalidade e perfeita identificação com as aspirações de seus “conterrâneos”. Irmanado ao Mons. José Gerardo Ferreira Gomes, desenvolveu intenso trabalho e, na imprensa, organizou moções e movimentos que sensibilizaram autoridades e reacenderam no povo a necessidade de luta. Esse trabalho resultou na criação da Faculdade de Filosofia Dom José assistida pela Diocese -  nascedouro da UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), parreiral viçoso cultivado primariamente pelo Cônego Sadoc de Araújo, expandido por Teodoro Soares e pelos demais reitores que o sucederam. Ainda pensando em servir é que Dr. Ramos fundou em Sobral um clube de Lions. Foi seu primeiro Presidente e também o primeiro Presidente de Divisão no Estado. Recebeu da organização o título de Leão Nº 1 em Sobral. Seria difícil enumerar todo o acervo de suas iniciativas pelo desenvolvimento deste município, pelo aprimoramento da cultura, pelo bem-estar social do seu povo. Em 1979 Dr. Ramos fixou residência em Fortaleza, já levando consigo a idéia de fundar ali a Academia Cearense de Farmácia. Efetivou seu sonho no ano seguinte, graças à pronta acolhida dos cultos e valorosos farmacêuticos da Capital. Dentre os títulos e honrarias conferidos ao Dr. João Ribeiro Ramos destacam: Presidente Emérito da Academia Sobralense de Letras; Sócio Titular da Academia Cearense de Letras; Sócio Honorário do Centro de Estudos Históricos e Antropológicos do Ceará; Sócio Fundador da Academia Cearense de Farmácia; Sócio Efetivo da Academia Cearense de Retórica; Sócio Titular da Ordem dos Velhos Jornalistas do Brasil (Rio de Janeiro); Sócio Titular e Membro do Conselho Deliberativo da União Brasileira de Escritores (São Paulo) e Sócio Correspondente de mais dez outras instituições culturais do País. O farmacêutico João Ribeiro Ramos não só escreveu em jornais e revistas do Ceará e de outros estados, mas publicou livros e opúsculos, entre eles: “Consumindo luas”; “Um mestre e um Poeta: Dois homens em meu caminho”; “O príncipe Pe. Antônio Thomaz”; “Centenário da Paróquia de Santana do Acaraú” e “Eu sou aquele que serve”. Ao longo de sua vida profissional, o Farmacêutico, Mestre e o Jornalista, pelo conceito que firmou entre os seus “Caríssimos” irmãos, recebeu inúmeros prêmios, placas, troféus, títulos e diplomas de Honra ao Mérito, que eram humildemente recebidos e carinhosamente guardados. Do Governo do Ceará recebeu homenagens que o fizeram sumamente feliz. O governo Virgílio Távora instalou na Princesa do Norte a Escola de 1º Grau João Ribeiro Ramos. Já Tasso Jereissati, em seu primeiro governo, inaugurou pessoalmente, em Acaraú (CE), a Escola Dr. João Ribeiro Ramos, data em que foi concedido ao farmacêutico o Título de Cidadão Acarauense. Entre as demais homenagens recebidas, vale lembrar: Diploma de Honra ao Mérito Farmacêutico - Conselho Regional de Farmácia; Medalha Oswaldo Rabelo - Conselho Regional de Farmácia; Diploma Honra ao Mérito - Academia Nacional de Farmácia; Medalha do Centenário do Instituto do Ceará; Placa pelo Sexagésimo Aniversário de Formatura - Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará (UFC – 1985), homenagem que se repetiu em 1996; Diploma Leão Nº 1 - Internacional Association of Lions Club e, numa homenagem do Hospital Diocesano através de seu Provedor Dom Walfrido Teixeira Vieira e do Diretor Pe. José Linhares Ponte, a Santa Casa local instalou a Unidade Dermatológica Dr. João Ribeiro Ramos. Como se observa, o amor extremado do Dr. João Ribeiro Ramos por Sobral, bem como seu incansável trabalho em prol do bem-estar dos habitantes desse município e dessa região são notórios. Até hoje são lembrados e recebem o preito de gratidão das pessoas por ele beneficiadas ou de quem apenas toma conhecimento da sua belíssima história de vida. Lamentavelmente não se pode incluir nessa lista a Câmara Municipal de Sobral. Mesmo já decorridos quase 15 anos da morte do Dr. Ramos a Casa do Povo sobralense ainda não se dignou em homenageá-lo, dando seu nome a um dos logradouros da cidade. Que essa falha clamorosa seja corrigida o mais breve possível. Não através de um beco ou ruela sem expressão, mas com algo à altura do Caríssimo Dr. João Ribeiro Ramos. Fonte: http://www.jornalcorreiodasemana.com – Estas e outras no diário de notícia do Pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante membro correspondente da ACEJI e do Jornal Circular da cidade de Sobral-Ceará

Um comentário:

  1. Prezado Célio, venho há um tempo procurando os antepassados da família e gostaria de saber se possui registros dos pais de João Ribeiro Ramos, bem como de seus irmãos. Por favor, se possível, entre em contato comigo. Mauro Ramos (mauroramos@openlink.com.br) e tel: 21-97159-5340

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