terça-feira, 28 de julho de 2015

UMA ESTAÇÃO DE RADIOAMADOR LIGA NORONHA AO MUNDO ATRAVÉS DO PY0FF ANDRÉ CAVALCANTE SAMPAIO HOJE COM SEU INDICATIVO PP6ZZ

 “SOS DE NORONHA PARA O MAR”
Um pequeno país oceânico. Noronha é assim para o mundo do radioamadorismo - independente do Brasil. O empresário André Cavalcante Sampaio, 53, é uma espécie de embaixador informal e, de certa forma, virtual da ilha. A bordo de uma sofisticada estação de radioamador, ele faz contatos com outros 340 países e é importante suporte de navegadores no trecho Atlântico Sul. Pela localização privilegiada e potência dos equipamentos, a estação de Sampaio, em operação conjunta com a Marinha do Brasil, socorre navios e embarcações em perigo, além de participar de buscas no mar. ''A ocorrência mais comum é a orientação a barcos estrangeiros'', explica. Como o maior navio do mundo, um petroleiro norueguês cruzando o Atlântico a caminho do Golfo Pérsico. ''O comandante não sabia como se aproximar da ilha e nem eu sabia que o navio era maior que um porta-aviões'', conta. Segundo Sampaio, de tão grande e pesado, o navio não ficou, como qualquer outro, a apenas duas milhas da praia, mas a sete milhas. ''Só para se ter uma idéia da distância, o barco de resgate levou uma hora para chegar até o ponto'', diz. Mas o primeiro resgate da estação foi em 1987. Do avião Hércules que caiu no mar com 23 pessoas e a mudança de André Sampaio, junto com os equipamentos que ele trazia para a ilha. Até o início da década de 80, o abastecimento de querosene, gasolina, óleo diesel, alimentação, material de construção e até veículos para a ilha - inclusive o cloro para tornar potável a água doce - era feito através de corvetas da Marinha do Brasil. Mas um acidente levou para o fundo do mar a corveta Ipiranga (1983) e o episódio acelerou a substituição do transporte marítimo pelo aéreo. Em cena, então, os famosos Hércules, um quadrimotor norte-americano que teve uma participação decisiva na guerra no Vietnã (anos 60 e início dos anos 70), pousando em pistas esburacadas ou como canhoneira aérea. Apelidado pela população de Noronha de ''Patinha'', este avião trazia para a ilha funcionários e material da construtora Queiroz Galvão, que realizava obras na ilha. Já pronto para pousar no arquipélago, o C-130 mergulhou no mar. ''Provavelmente, falha humana, uma desorientação do piloto ou ilusão de ótica, quem sabe'', diz Sampaio. Pela sua posição geográfica e sua origem vulcânica, Noronha tem uma longa história de acidentes, naufrágios, quedas de avião. Os acidentes mais comuns são com barcos de pesca. Dia e noite, lá está André, em plantões sem interrupção, durante as operações de salvamento. Sendo assim, na pequena sala da estação, cama e estrutura de reserva. Necessários, por exemplo, quando ele teve que se comunicar, a cada duas horas, com um veleiro belga que quebrou o mastro a 300 milhas do rochedo de São Pedro e São Paulo, a 600 milhas de Noronha. ''O combustível acabou e o barco ficou à deriva. A Marinha do Brasil não conseguia comunicação, mas eu consegui fazer a ponte e ajudar nas buscas. Após três dias, a tripulação foi salva'', diz. No mar aberto, também no espaço. ''Já falei com várias naves espaciais em órbita. Na listas, a russa MIR e as americanas Columbia e Atlantis - a primeira explodiu no início deste ano. Em geral, brevíssimas conversas com os astronautas. ''São saudações e comprimentos pela missão'', diz André. Segundo ele, os contatos longínquos da estação de Noronha tornaram-no conhecido no mundo. ''Tenho, em meus arquivos, uma coleção do troféu mais cobiçado pelos radioamadores. Cartões QSL (código que significa confirmação) que confirmam a comunicação com outras estações e localidades'', diz o bicampeão de contatos numa espécie de copa do mundo dos radioamadores. (Ariadne Araújo). Fonte: Jornal O Povo.  Estas e outras no diário de notícia do Pesquisador da Pré-história e Radioamador Célio Cavalcante membro da ACEJI e do Jornal Circular da cidade de Sobral-Ceará.

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