quinta-feira, 14 de julho de 2016

BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE PARAIBANA DE ARQUEOLOGIA - Nº 120 "A URNA E O JABRE"

Thomas Bruno Oliveira Mestre em História, Sócio efetivo da SPA e IHCG. PRÁTICAS RITUAIS de ‘encomendação da alma’ são uma componente cultural fundamental para analisarmos qualquer período histórico da humanidade. Sob diferentes formas, diversas sociedades em todo mundo sepultavam (e ainda o fazem!) seus indivíduos sob os mais diversos processos ritualísticos. Na pré-história brasileira verifica-se a existência de sepultamentos em urnas de barro cozido, prática ameríndia que foi primeiro relatada em 1618 na obra ‘Diálogos das Grandezas do Brasil’, do Ambrósio Fernandes Brandão que em cuja oportunidade, explorava uma caverna na Capitania de Pernambuco encontrando inúmeros “alguidares” arrumados contendo ‘ossadas de defunto em seu interior’. Na Paraíba, um de nossos mais interessantes achados arqueológicos é também de utilidade funerária e ocorreu em meados da década de 1960 pelo arqueólogo da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Marcos Albuquerque na companhia do geólogo Cláudio Castro. Pessoalmente, Albuquerque informou que na oportunidade realizava uma prospecção aleatória na região, buscando informação de todo tipo, momento em que recebeu um interessante dado, levando-o ao Pico do Jabre. Na serra do Teixeira, um certo Sr. Dantas desenterrou uma urna funerária, que foi resgatada pelo pesquisador e hoje encontra-se no laboratório do Núcleo de Estudos Arqueológicos NEA–UFPE onde pude fotografá-la. Sua imagem já foi publicada pelo menos em três oportunidades, a primeira no artigo ‘Considerações acerca do paleo-ameríndio no Nordeste do Brasil’ em 1971 pelo próprio Albuquerque, a segunda nas edições do livro ‘Pré-História do Nordeste do Brasil’ Fonte: http://mhn.uepb.edu.br/Boletins/Boletim_120_MAR_2016.pdf
Estas e outras no diário de notícia de Pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante membro correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.

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