A Várzea da Cobra e as suas
cinco comunidades circunvizinhas são sui generis; elas não têm ruas alinhadas,
isto é, ruas retas. Nas terras mais elevadas existem pequenos setores
habitacionais com casas em posições amorfas. Entre estes setores o solo é formado
por terras de aluvião banhadas por pequenos riachos e grotas. Com poucas chuvas
essas terras se transformam em lamaçais. Ao leste essas comunidades são
banhadas pelo rio Sabonete. O riacho Salgado serpenteia pelo centro. Na Várzea
Comprida ele recebe o seu afluente riacho da Onça. No centro da Várzea da Cobra
o riacho Salgado recebe o seu mais conhecido afluente que é o riacho do Feijão.
No sereno o riacho Salgado deságua no rio Sabonete. Entre o rio Sabonete e o
riacho do Salgado, correm paralelos a estes, os riachos da Palma e o pouco
conhecido riachos dos Angicos. Há um trecho deste riacho que não tem canal,
lança as suas águas sobre a planície de aluvião. Estas águas inundam o famoso
Beco do Junco, sem se perceber que são águas de um riacho. Os moradores destas
comunidades necessitam, ainda este ano, de no mínimo duas pequenas estradas
auxiliares com pontes e bueiros, para se locomoverem de um setor para outro.
Nós moradores dessas comunidades não estamos satisfeitos com migalhas, tais
como: a calçada de uma capela e três caçambas coletoras de lixo. Em Outubro de
2016 saberemos dar a merecida resposta aqueles que nos tratam com sorriso de
onça, abraço de tamanduá e beijinhos de vampiro. Matéria do Professor
Universitário aposentado Raimundo Ximenes Lopes.
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