quinta-feira, 15 de novembro de 2012

RECORDAÇÃO DE UM RÁDIO TELESPARK NA RESIDÊNCIA DO PATRIARCA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE FORQUILHA


Era o ano de 1962, quando o funcionário do DNOCS Sr. Abelardo Cavalcante de Vasconcelos (Patriarca da Emancipação Política de Forquilha hoje In memoriam), vai à cidade de Sobral-Ce, e compra em uma Loja de Eletrodoméstico um rádio da marca Tetespark valvulado. Lembro-me de quando aquele aparelho chegou a nossa residência no acampamento do DNOCS, aonde eu tinha apenas cinco anos de idade. Meu genitor Abelardinho como era conhecido logo abriu aquele aparelho e começou a sintonizar as emissoras do rádio sobralense: Iracema, Educadora e Tupinambá. A voz talentosa dos radialistas José Maria Soares; Marcos da Cruz; Onofre Viana; Alcides Santos; Guajará Cialdine Clerton Viana; Expedito Vasconcelos; Rui Silva e muitos outros apresentavam com suas majestades eloqüência os programas: Jornal Sonoro H 22; (José Maria Soares); Encontro Com a Verdade, apresentado pelo Pe. José Palhano de Sabóia; Sendo rebatido na Rádio Educadora pelo Pe. Sabino Guimarães Loyola; Polícia e mais notícias, apresentado por Marcelo Palhano, com a participação do Zé Fonfon; Clube do Disco; Seu Presente é Música; Destaques da Sociedade entre outros da mídia radiofônica da princesa do Norte.  À noite depois da hora do Brasil acontecia o bazar do Rádio. Aqui termino como dizia nossa Imortal Escritora Rachel de Queiroz “Sei que o homem desembarcar na Lua foi o fato mais importante do século – e quem sabe até da história do mundo. Mas a divulgação do rádio transistor teve um alcance muito maior, em sentido imediato. Não conheço outra criação do progresso que possuísse tal capacidade de penetração nem fosse tão rapidamente aceita pelas populações mais atrasadas. Máquina de costura, luz elétrica, tudo isso espalhou-se depressa e profundamente – mas não chega aos pés do rádio de pilha. pode faltar na casa o dinheiro para o fumo ou o café, para a rede nova, para o corte de pano da mulher, mas não faltará para o carrego do rádio – ou seja, carga de pilhas do aparelho. E também, sendo o rádio objeto de tão indispensável presença em todos os lares, e sendo quase sempre escasso o dinheiro em moeda corrente, os rádios são negociados nas barganhas mais singulares: um rádio novo por dois bacurinhos, um saco de milho e meia arroba de algodão; um rádio velho, já passado por muitas mãos, por amarrado de frangos e um relógio de pulso com corda quebrada; um rádio ainda mais ou menos por tantos dias de serviço, uma lanterna de pilha sem carrego e uma ninhada de ovos de galinha indiana...” Por Célio Cavalcante radialista correspondente da ACEJI.  

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