sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CONHECIMENTO CIENTÍFICO SISMOGRÁFICO




O estado do Ceará possui várias falhas geológicas, mas duas têm mais atividade: a de Sobral a Pedro II (Piauí) e a de Icó a Juazeiro do Norte. Uma outra, em Senador Pompeu, também é ativa, mas em menor proporção. Na Região Norte, a falha geológica passa por vários municípios, como Sobral, Camocim, Acaraú. A outra abrange Aiuaba, Saboeiro, Orós, Iguatu, Icó, Nova Jaguaribara, Limoeiro do Norte, Palhano, Pereiro. O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), referência no setor no País, há cidades cearenses que somam milhares de tremores. Em Palhano, no Vale do Jaguaribe, ao longo de três anos, foram registrados mais de 25 mil abalos. Em 1988, após pequenas atividades sísmicas recorrentes, houve tremor de 4,2 pontos. Já em Hidrolândia, no espaço de um ano, foram contabilizados três mil abalos. Em Chorozinho, em oito anos, foram 30 mil. Junto com Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o Ceará faz parte da Província de Borborema, a mais afetada por sismos no Nordeste. O recorde em recorrência foi em João Câmara, no Rio Grande Norte. Em sete anos de monitoramento, foram 50 mil tremores. Em Sobral, em 1989, o número de sismos, em seis meses, chegou a 100 e, neste ano, em menos de dois meses, a 630. Em geral, essas ocorrências são reflexo da movimentação da placa tectônica Sul-Americana, cuja falha geológica passa pelo Jaguaribe. as falhas catalizam a energia propagada em forma de ondas elásticas e liberada com as movimentações. “Quando essas ondas chegam à superfície, certos lugares tremem. No ar, a onda se propaga a mais de 300 metros por segundo”, detalha. Como afirma o geofísico, a placa Sul-Americana está sob tensão constante. Entre a Africana e a Sul-Americana, a agitação é de um a três centímetros ao ano; entre a Nazca e a Sul-Americana, são de cinco a dez centímetros. “O Ceará está em constante risco sísmico. Se acontece um sismo em uma região, em 50 a 100 anos acontecerá outro” Disseram os cientistas professores de geologia da UFC Afonso Rodrigues de Almeida e David Lopes de Castro em suas entrevistas ao Jornal de maior circulação do estado do Ceará, sendo ele o JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE.

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