No Brasil, as Congregações Marianas existiram no período colonial, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus a praticamente desapareceram com a expulsão dos jesuítas, em 1759. Em 1870, foi fundada novamente uma Congregação Mariana, agregada a Prima Primaria, em Itu, São Paulo, e, a partir de então, tiveram elas notável crescimento em todo o País, quer em Paróquias ou em outros ambientes. Em 1927, iniciou-se o movimento federativo com a primeira Federação Estadual, em São Paulo. Em 1937, criou-se a Confederação Nacional com sede no Rio de Janeiro. Foi o Brasil, nesta época, o líder, em todo o mundo, no número e crescimento de Congregações e Congregados. A mudança, em nível mundial, acontecida em 1967, não deixou de afetar a vida das Congregações Marianas no Brasil. No Distrito de Forquilha no Estado do Ceará neste mesmo ano se multiplicava os congregados entre eles: Francisco Altanir Mendes de Mesquita; Manoel Madeira de Siqueira; Dário Magalhães; Francisco Rufino de Sousa; Felizardo da Ponte Prado; Sandoval Felipe; Francisco Madeira (Seu Mundinho); Antonio Bento de Sousa (Antonio Pedro); Idelfonço Gomes Aragão; Onélio Gomes Araújo; Manoel Mendes de Mesquita; Antonio Erasmo de Sousa; Antonio de Lurdes; Paulo Ponte Prado; Mariano Rodrigues Lopes; Francisco José Loyola Rodrigues e muitos outros que abiscoitavam suas orientações espirituais através do Monsenhor Domingos Barreto de Araújo, que demonstrou em vida um dos maiores multiplicadores do movimento mariano na paróquia de São Francisco de Assis em Forquilha. Infelizmente este movimento da Mãe do Senhor durou até a década dos anos 90 ficando no coração dos congregados forquilhenses só a verdadeira unção dos devotos da Mãe Santíssima Ave, do mar Estrela, Bendita Mãe de Deus, Fecunda e sempre Virgem, Portal feliz dos Céus. Ouvindo aquele Ave Do anjo Gabriel, Mudando de Eva o nome, Trazei-nos Paz do Céu. Ao cego iluminai, Ao réu livrai também; De todo mal guardai-nos E dai-nos todo o bem. Mostrai ser nossa Mãe, Levando a nossa voz A Quem, por nós nascido, Dignou-se vir de vós. Suave mais que todas, Ó Virgem sem igual, Fazei-nos mansos, puros, Guardai-nos contra o mal. Oh!, dai-nos vida pura Guiai-nos para a Luz, E um dia, ao voso lado, Possamos ver Jesus. Louvor a Deus, o Pai, E ao Filho, Sumo Bem, Com Seu Divino Espírito Agora e sempre, Amém. Em 1970, em reunião nacional realizada em Juiz de Fora, Minas Gerais, foram por elas aceitos os Princípios Gerais, mas decidiu se manter se o nome tradicional de Congregação Mariana, aproveitando a liberdade concedida pela Federação Mundial das Comunidades de Vida Cristã, na Assembléia Mundial de 1967. Em maio de 1988, o Conselho Mundial das Comunidades de Vida Cristã, mantendo o reconhecimento das Congregações Marianas no Brasil, admitiu também a representação, naquele Conselho, das primeiras Comunidades de Vida Cristã que, como tais, já começavam a existir no País. Criou se assim, uma dupla presença do Brasil naquele Conselho Mundial, através de associações que funcionam completamente independentes uma da outra. Tal situação levou as Congregações Marianas do Brasil, na sua Assembléia Nacional realizada em novembro de 1991, em Aparecida, São Paulo, a aprovar um novo Estatuto da Confederação Nacional, no qual há uma referência explícita a uma Regra de Vida a ser elaborada, a qual, substituindo em âmbito de Brasil, os Princípios Gerais e as Normas Gerais, fizesse das Congregações Marianas do Brasil uma associação religiosa de leigos, autônoma, com a marca característica da devoção mariana, como sempre foram e continuaram senão no Brasil. Esta decisão teve aprovação do Assistente Eclesiástico Nacional das Congregações Marianas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Eugenio Sales.
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