O Rio Poty nasce na Serra da Joaninha, município de Parambu Estado do Ceará segue no sentido norte-sul até a cidade de Crateús-Ceará, onde passa a correr no sentido leste-oeste. Deságua na cidade de Teresina, Piauí, no rio Parnaíba. O Cânion do Rio Poty, esta localizado no município de Buriti dos Montes, desmembrado de Castelo do Piauí no ano de 1992. Sua porta de entrada se dá pelo município de Castelo do Piauí. Possui diferentes formações rochosas: o cânion verde, onde se situam as serras que abrigam o grande cânion; e o canalão, por onde o Rio Poty corre estreito entre monumentais paredões de aproximadamente 50 metros de altura. Em toda sua extensão existem inscrições e grandes gravuras nos paredões de pedras, formando diversas figuras e desenhos de animais. As duas margens do Rio Poty, na divisa dos Estados do Ceará com o Piauí foi o local escolhido para um tipo raro de manifestação antropológica, para aplicação das gravuras Pré-históricas. Existem muitos tipos de gravuras, ou inscrições cuneiformes mostrando animais e outros símbolos geométricos no grande paredão de pedra cheia de desenhos para aqueles que querem estudar esta ciência chamada de Arqueologia na busca de seus significados. As gravuras só aparecem no período do verão onde as águas estão baixas, pois a sazonalidade do rio é grande entre a seca e o período de chuvas. Essa sazonalidade é importante também para a florada de arvores, como o Ipê Rosa que estava florido. Também se encontram nesse cânion, a Cachoeira da Lembrada, com várias corredeiras. O cânion do Rio Poty é excelente para a prática de turismo de aventura, como rapel, canoagem, e trecking, dentre outros. Também é ideal para acampamentos. Outro fato interessante é o Majestoso por ser um gigantesco bloco de arenito, situado no interior da cidade de Castelo do Piauí às margens do Rio Poty. O misterioso castelo de pedra com belíssima fachada, várias salas e uma praça no seu topo, traduz a riqueza deixada pelas civilizações pré-históricas. O mais importante entre os monumentos de Castelo do Piauí, fascina e encantam curiosos e visitantes desde os primórdios de nossa civilização. Relatórios que datam de 1796, dizem: “Gruta de pedra próxima a Vila de Marvão, tem a forma de templo”; 1857: “Gruta de pedra sumamente curiosa que os habitantes chamam de Castelo”; 1913: “A Gruta do Castelo, demasiadamente curiosa, a nordeste da Vila de Marvão, hoje chamada Castelo, em noite de luar, vista ao longe, se assemelha a um castelo feudal”; 1927: “A Pirâmide de Marvão que foi durante muitos séculos uma necrópole e que ainda hoje é um cemitério cristão.” Seja qual for à semelhança que os atribuem, o monumento tem sido um marco de suma importância, comum a todas as civilizações que por aqui passaram. Embora não tenha passado por um estudo científico arqueológico, são notáveis as marcas do que foi no passado utilizado como abrigo, cemitério, além de ter dado origem ao nome da cidade e hoje utilizado como capela para devoção e principal ponto turístico de Castelo do Piauí. Neste documentário abri-se uma luz acessa, uma porta aberta, para os pesquisadores da Pré-história debaterem nas Universidades ou em alguns seminários sobre estas gravuras cuneiformes que está provocando um estudo mais avançado para o mundo cientifico. Que seja desvendada qual a civilização desenvolveu tal enigma nestes paredões graníticos que deve ser preservado e protegido pelo Governo Federal através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Por Célio Cavalcante – Guardião da Arqueologia cearense.
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