A decisão do governo do Estado do Rio de Janeiro de construir muros de concreto para prevenir a expansão de favelas na cidade tem provocado polêmica nos diversos seguimentos sociais nos últimos meses. Embora ache legítima a tentativa do Estado de proteger o que ainda resta da nossa Mata Atlântica e de frear o crescimento desordenado de construções ilegais, não vejo eficácia nas cercas de um modo geral. Há mais de 20 anos que os muros ganham os espaços públicos e privados em nossa cidade. O que inicialmente parecia uma medida preventiva, hoje já é uma reação compulsória à falta de segurança. Como arqueóloga brasileira, percebi há muito tempo que não era possível cercar os sítios arqueológicos, na esperança de protegê-los. No Brasil, aliás, as cercas não resolvem os problemas de depredações e pichações em relação ao patrimônio público. Desde 1982 – como coordenadora e orientadora científica das pesquisas desenvolvidas no Setor de Arqueologia do Museu Nacional, UFRJ – desenvolvo pesquisas arqueológicas no interior do estado da Bahia, na área denominada Região Arqueológica de Central, que engloba vários municípios (da Chapada Diamantina ao oeste). Esses trabalhos são desenvolvidos principalmente na planície calcária (Por: Célio Cavalcante - Pesquisador da Pré-história * Radioamador - Radialista e Correspondente da Associação Cearense de Jornalista do Interior - ACEJI.
domingo, 29 de novembro de 2009
MULTIPLICAMOS AS NOTÍCIAS DA DRA. MARIA BELTRÃO COM SEU TÍTULO “POR TRÁS DOS MUROS”
A decisão do governo do Estado do Rio de Janeiro de construir muros de concreto para prevenir a expansão de favelas na cidade tem provocado polêmica nos diversos seguimentos sociais nos últimos meses. Embora ache legítima a tentativa do Estado de proteger o que ainda resta da nossa Mata Atlântica e de frear o crescimento desordenado de construções ilegais, não vejo eficácia nas cercas de um modo geral. Há mais de 20 anos que os muros ganham os espaços públicos e privados em nossa cidade. O que inicialmente parecia uma medida preventiva, hoje já é uma reação compulsória à falta de segurança. Como arqueóloga brasileira, percebi há muito tempo que não era possível cercar os sítios arqueológicos, na esperança de protegê-los. No Brasil, aliás, as cercas não resolvem os problemas de depredações e pichações em relação ao patrimônio público. Desde 1982 – como coordenadora e orientadora científica das pesquisas desenvolvidas no Setor de Arqueologia do Museu Nacional, UFRJ – desenvolvo pesquisas arqueológicas no interior do estado da Bahia, na área denominada Região Arqueológica de Central, que engloba vários municípios (da Chapada Diamantina ao oeste). Esses trabalhos são desenvolvidos principalmente na planície calcária (
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