quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A VISINHA CIDADE DE ITAPIPOCA NO ESTADO DO CEARÁ APRESENTA UM POTENCIAL ARQUEOLOGICO E PALEONTOLÓGICO FORA DO COMUM

Entre oito mil a 30 mil anos atrás, o sertão de Itapipoca era uma terra de gigantes. Por lá, caminhavam animais bizarros e de grande porte, muito deles com cerca de seis metros de altura, como a preguiça gigante, e chegando a pesar até cinco toneladas, como o mastodonte (parente do atual elefante). Era a chamada megafauna. Pesquisas realizadas nas últimas décadas no município têm comprovado a existência dessas megafauna. Os fósseis dos animais pré-históricos estão sendo encontrados, principalmente, nos chamados tanques naturais, depressões que se formam nos lajedos rochosos, lembrando grandes piscinas. Os trabalhos de pesquisa em Itapipoca revelaram sete sítios paleontológicos, de onde são encontrados fósseis - dentes e ossos fragmentados. Os sítios estão localizados na Barra do Sororó e nas localidades de Jirau, Coelho, Cajazeiras, Pedra D’água, Lajinhas e João Cativo. Pelos fósseis encontrados, podemos constatar que pelo menos 20 espécies diferentes de animais pré-históricos pertencentes à megafauna viveram na região de Itapipoca. Os principais animais da megafauna que viveram em Itapipoca foram o eremotério ou preguiça gigante, o notrotério ou preguiça anã, o pampetério ou tatu gigante, o mastodonte, toxodonte, xenorinotério, o paleocavalo, a paleolhama e o tigre dentes-de-sabre. Os tanques onde são encontrados hoje os fósseis serviam de bebedouros naturais para a megafauna; quando os animais morriam, suas ossadas eram carregadas para dentro dos tanques, pelas águas das chuvas. Acredita-se que muitos animais caíam no buraco ao tentar alcançar a água e não conseguiam mais sair, ou mesmo por serem muitos pesados, acabavam se atolando na lama, vindo a morrer. Devido à grande quantidade de fósseis e dos vários sítios paleontológicos encontrados em Itapipoca, a região é muito rica para um estudo mais profundo nos informa o Dr. Celso Lira Ximenes, que batizou de Vale da Megafauna. Mais de quatro mil fósseis já foram encontrados em Itapipoca. Somente do sítio de Jirau, localizado a 30 quilômetros da sede do município, foram retiradas duas mil peças - fragmentos de ossos e dentes - dos vários tanques de rochas graníticas. Já a presença do homem pré-histórico no município de Itapipoca é revelada através das pinturas rupestres e ferramentas da pedra lascada e polida, encontradas na serra e no sertão. Quatro sítios arqueológicos foram mapeados em Itapipoca: na Lagoa do Juá e Lagoa de Baixo, no sertão; e em Canoa e na Pedra Ferrada, localidade de Mucambo, na serra. O Dr. Celso Lira Ximenes possui graduação em Geologia pela UFC no ano 1995; especialização em Geociência, e concentração em Peleontologia pela UFRS em 1997 e outros conhecimentos Científico afins. O mesmo já pesquisou os sítios Arqueológico do município de Forquilha, onde acompanhou as pesquisas o Guardião da Arqueologia cearense Célio Cavalcante. Nesta Fotografia se observa os acadêmicos de história da Universidade Federal do Ceará – UFC e da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, onde visitaram as localidades paleontológicas onde foram encontrados os fósseis da megafauna. Tanques Itapipoca e Lagoa das Pedras bem próximo do município de Forquilha-Ceará.

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