quarta-feira, 5 de maio de 2010

ARQUEOLOGIA NO MUNICÍPIO DE IPUEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ

O município de Ipueiras localizado no lado sul da Chapada da Ibiapana, noroeste cearense. Essa cidade começa a dar uma lição de reconhecimento da importância da identidade indígena, uma população que tinha modo de vida próprio e uma arte muito característica, além de uma maneira peculiar de se relacionar com o meio ambiente. Os estudos antropológicos e Arqueológicos têm desvendado evidência da presença do homem Pré-histórico naquele município. A Arqueóloga e Antropóloga Dra. Marcélia Marques esteve em visita oficial ao Distrito de Nova Fátima onde agricultores encontraram no subsolo vasilhames que não estão tão bem preservadas, até pela fragilidade do material, por serem de argila, de barro, e quando ocorre o contato da enxada com essas peças há um atrito muito grande e geralmente se fragmentam, se quebram. De acordo com ela, que também é professora da Universidade Estadual do Ceará – UECE e doutoranda em Arqueologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, mencionando sobre influência das culturas européia e africana e da população indígena. É o que se chama de miscigenação cultural, elemento básico da constituição do povo brasileiro. "Nós somos frutos de uma série de experiências culturais". Marcélia ainda abordou os hábitos e gostos pelos produtos derivados da mandioca e o conhecimento das ervas - a fototerapia é herança das populações Tupi Guaranis. Acredito que antes de ser um demonstrativo da existência do que se considera índios selvagens, ali está sendo manifestado um choque de culturas diferentes, porque essas populações indígenas, pelo que se sabe, eram extremamente sensíveis. A maneira pela qual respeitavam os limites da natureza, a maneira como eram educados os seus filhos. Os relatos demonstram que os índios não agrediam seus filhos, ficavam simplesmente observando-os. Se nós pensarmos em selvageria, muitas vezes é uma herança de certos preconceitos pra lidar com pessoas que são diferentes de nós. Existe uma tendência na sociedade de um modo geral, em todas as culturas, se chama de etnocentrismo - uma determinada população considerar-se o centro das referências. Quando os índios se deparavam com populações que tinham hábitos diferentes, tinham uma outra relação, de certa forma sedentarização, fixando-se na terra. Pessoas que talvez fossem fáceis de ser contatadas havia essa tentativa por vezes de pegar à força. A selvageria na grande maioria era dos brancos tentando aprisionar os índios. Os mesmos teriam muito a nos ensinar, pelo modo de se relacionar com os animais, a vegetação, as águas e entre eles. Na população indígena não havia uma distinção do que era arte. Uma simples assadeira para preparar o beju era pintada. Existia arte no cotidiano. Na localidade de Bacupari no sopé da Serra Grande existe uma gama de pinturas rupestre onde nossa Arqueóloga e Antropóloga Marcélia Marques tem monitorado estes achados Pré-históricos chamados de “pinturas rupestres” que significa pinturas na pedra. Essas pinturas estão sujeitas ao desgaste do tempo. É necessário termos cuidado com essas pinturas do passado do nosso País. Chegando à cidade de Ipueiras procure os ambientalistas: Professor Gutembergue; Guia Turístico José Welton alem do Jornalista Carlos Moreira, estes tem o maior prazer de mostrar a beleza turística do município já mencionado. Por Célio Cavalcante (Guardião da Arqueologia Cearense).

Nenhum comentário:

Postar um comentário