A cidade de Boa Viagem está localizada na microrregião do Sertão de Quixeramobim no Estado do Ceará, com acesso pela BR-020. Suas histórias provem do final do século XVIII, com a fuga do jovem casal Antônio Domingos Alvarez e Agostinha Sanches de Carvalho, vindos dos Sertões do Icó. O pai da moça ordenou sua perseguição. Angustiado, Antônio pediu a proteção de Nossa Senhora, prometendo que no lugar em que chegasse com segurança mandaria erguer uma igreja para sua devoção. O lugar estava nas barrancas do riacho do Cavalo Morto, afluente do Quixeramobim. Ali eles construíram sua morada e a Capela de Nossa Senhora de Boa Viagem, que deu início ao povado e batizou o lugar. Boa Viagem foi desmembrada de Quixeramobim e elevada à condição de município 92 anos após a construção da capela pelo fundador do povoado, por meio da Lei Provincial n°1128, de 21 de novembro de 1864. Um fato interessante no Município de Boa Viagem foi à visita do Professor de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA Padre João Mendes Lira (In memoriam) quando de suas pesquisas Arqueológica no Rio Conceição quando descobriu um Túmulo Judaico as margens esquerda daquele afluente hídrico. Observou outras inscrições rupestres em um paredão de pedras graníticas na localidade Lages do Rogérios, na zona rural daquela histórica cidade. Estas informações de Padre João Mendes Lira estão gravadas em seu Livro que traz o titulo SÍTIOS ARQUEOLOGICOS ENCONTRADOS NA REGIÃO CENTRO-NORTE DO CEARÁ. Edição de 1989. “No ano de 1872, o engenheiro Francisco Bento explorava minas pela chapada da Borborema. O sol causticante do sertão Central do Ceará e o calor deixavam à paisagem difusa. Como se tivesse um tênue manto de vapor d’água cercando tudo. Detalhista, Bento explorava minuciosamente cada gruta. Ao chegar ao rio Conceição, algo muito interessante chamou sua atenção, inscrições nas pedras. Ocorreu-lhe olhar mais de perto. Não teve dúvidas. Elas se repetiam em diversas pedras nas lajes dos Rogérios. Finda a tarefa exploratória, somaram ao todo vinte grutas com cento e cinqüenta inscrições. Mas as surpresas não param ai, Bento copiou uma a uma as inscrições e enviou a Dom Pedro II. Como um grande estudioso, o imperador viu que algo grandioso podia se esconder por ali e incumbiu a Ernesto Renan examiná-las. O laudo foi surpreendente, as inscrições eram fenícias. Estas e outras no diário de noticia do Guardião da Arqueologia cearense – Célio Cavalcante.
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