segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

IPHAN REALIZARÁ NO MÊS DE MARÇO ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS NA SERRA DO EVARISTO EM BATURITÉ-CEARÁ



O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) irá iniciar, em março próximo, escavações arqueológicas na Serra do Evaristo, em Baturité-Ceará. O trabalho, motivado pela descoberta de prováveis urnas funerárias na região, representa um momento singular para a Arqueologia no Estado, consistindo no pontapé inicial para uma série de pesquisas na localidade, onde vive uma comunidade quilombola formada por 140 famílias. As escavações serão iniciadas em março de 2012. Segundo o técnico do setor de Arqueologia do Iphan, Jeferson Hamaguchi, o Instituto passou a ter interesse pelas descobertas logo "nos primeiros contatos" com as urnas funerárias, em 2009. Após constatar a importância das peças, indica, o Iphan passou a elaborar um plano de ação, que previa a escavação arqueológica no local. Concluído o plano, relata Hamaguchi, foi aberto um processo licitatório para escolher a entidade que executaria o serviço. Ao final, foi selecionada a empresa ArqueoSocio. Todo o trabalho, sublinha, será acompanhado por técnicos do Iphan. “Pesquisas De acordo com um dos arqueólogos que participarão dos trabalhos, Igor Pedroza, a escavação na Serra do Evaristo terá grande importância do ponto de vista científico, indo além da Arqueologia, representando um material rico para pesquisadores de campos como Geografia, Biologia e História. Embora o acordo firmado com o Iphan preveja que os trabalhos se dêem até o mês de junho, ressalta o arqueólogo, as escavações representam o pontapé inicial para pesquisas que se estenderão ainda por muitos anos. Segundo Pedroza, embora algumas peças tenham sido encontradas pela comunidade da Serra do Evaristo, ainda não é possível determinar de quando data o material encontrado. Apenas após a análise das peças, informa, será possível precisar a idade das urnas. Segundo informações divulgadas pelo Iphan, é possível que elas tenham até cerca de mil anos de existência. Ainda que peças arqueológicas sejam encontradas em outras regiões do Estado, salienta o pesquisador, o trabalho representa um momento significativo para pesquisas no Estado. "É uma oportunidade fantástica. Nós vamos ter acesso a um registro arqueológico de um momento, que é a morte". “Etapas” Conforme Pedroza, o serviço será dividido em etapas. "É comum achar que a escavação arqueológica é só a escavação em si, mas não é assim", comenta. Primeiro, informa, serão realizados minicursos, de 20 horas, voltados para as pessoas que participarão do trabalho, incluindo pessoas da própria comunidade. As aulas serão iniciadas no próximo mês. Em seguida, acrescenta, será iniciada, em março, a escavação propriamente dita, através da qual o material arqueológico será retirado do solo. Por fim, complementa o arqueólogo, será feita a análise do material coletado. Para isso, destaca, será utilizado o método do carbono 14 para fazer a datação do material orgânico - ossadas e arcada dentária, por exemplo. Já para fazer a datação da cerâmica usada na fabricação das urnas, será usada a técnica denominada termoluminescência. O projeto prevê que dez urnas sejam coletadas e analisadas pelos pesquisadores. Contudo, destaca o arqueólogo, mais peças poderão ser examinadas. Acompanhe a reportagem completa de João Moura no Jornal Diário do Nordeste no site: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1094886 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - http://www.unilab.edu.br/2011/12/painel-discutiu-a-comunidade-quilombola-da-serra-do-evaristo/ - mais informações também no Jornal O POVO http://www.opovo.com.br/app/opovo/ceara/2012/01/23/noticiasjornalceara,2772190/sitio-pode-conter-cemiterio-indigena.shtml - Estas e outras no diário de notícia do pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante (Guardião da Arqueologia Cearense), membro do Conselho Consultivo do Centro Brasileiro de Arqueologia e Correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA. 

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