quinta-feira, 7 de agosto de 2014

AGUA: O OURO AZUL - USOS E ABUSOS DOS RECURSOS HIDRICOS

A ÁGUA E OS MITOS
As primeiras civilizações do mundo se situavam nas proximidades de grandes rios ou nas costas marítimas. O elemento “água” sempre foi inspirador de indagações e motivo de veneração em diferentes culturas antigas. Ao mesmo tempo, podemos sentir a água como um elemento que nos constitui. Desde o útero de nossas mães, estamos envoltos em água. O Sangue corre dentro de nosso corpo como um rio. Tudo isso não escapa ao entendimento mítico do mundo, e nós, ainda hoje, não deixamos de sentir a força encantador e assustadora desse elemento. Sabemos que, desde as origens, as culturas viam o mundo e sua diversidade através de mitos. Na busca de explicações para os fenômenos naturais, que poderiam ser belos ou terríveis, as civilizações antigas orientavam-se por meio do sagrado e do mítico. A partir dessa orientação é que suas sociedades se organizavam, seus impérios eram construídos e suas ações eram pensadas. Na visão mitológica, a água – principalmente na foram dos mares – trazia consigo as sementes da vida, os segredos e os fermentos de suas múltiplas formas, além do temor. Por toda essa importância simbólica e também prática, a água é um elemento de grande força em diversas culturas. Na mitologia egípcia, Osíris é a personificação da fecundidade, a fonte total e criadora das águas. Set, ao contrário, é a aridez e a fome, a secura e a destruição. Da fusão de Osíris e Set vive o Rio Nilo. Esse importante rio é originado da união entre Osíris aquático e Isis terrena, da qual nasceu o menino-deus Hórus. Ao eliminar Set, Hórus obriga o oceano destruidor a recuar, deixando nas margens do rio o lodo, que aduba as plantações. No mito grego sobre a origem do mundo, narrado por Hesíodo, Oceano é de uma das primeiras gerações de divindades. Isso mostra como ele era considerado importante e fundamental para todas as civilizações que vieram depois, inclusive os homens, Caos, que veio antes de todos, gera Terra, que, por sua vez, gera Céu. Céu passa a ser então par de Terra. Coloca-se sobre ela e a fecunda, gerando doze Titãs, dentre os quais está Oceano. Posteriormente, Oceano fecunda Tétis, com que gera os rios do mundo – inclusive o próprio Nilo. Os rios e as fontes, ao serem considerados pelos gregos filhos de Oceano, eram também divinos e dignos de devoção e adoração. Os sacerdotes do reino dos faraós louvavam a importância da água, pois, para eles, as coisas presentes no mundo só podiam existir graças à ação da umidade. As águas provenientes dos templos eram dádivas dos deuses e consideradas sagradas pelos súditos. A visão mitológica dos povos antigos começou a ser abalada pelas primeiras concepções filosóficas da cultura ocidental. Um dos locais onde essas concepções surgiram foram na Jônia, sede das Escolas de Mileto. Dentre seus fundadores, destaca-se Tales de Mileto (625 – 558 a.C.), que afirmava que a água é a origem de todas as coisas, pois ela é o princípio da natureza úmida e constante, e por isso é o princípio de tudo. Texto alterado e adaptado do livro “Água: O Ouro Azul” de Fátima Casarin e Monica dos Santos. Este livro apresenta as características da água e sua importância para a vida humana e o bem-estar do planeta. Fonte da matéria no site:
https://www.facebook.com/permalink.phpstory_fbid=313442498830582&id=225804220927744&substory_index=0&ft[tn]=K&ft[qid]=6044863452314850298&ft[mf_story_key]=5918588242675976190&ft[ei]=AQJSMwntiTDA44gh8CY1PeE4PLHA5f03KA8jUGwihHr6WlYAJZjelatvnShIXFuP7uVWcqyIP3z4dWfmO - Estas e outras no diário de notícia do Pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante membro correspondente da ACEJI e do Jornal Circular da cidade de Sobral-Ceará.

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