segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CABO PM ELIAS LOPES DE ARAÚJO UM EXEMPLO NA SEGURANÇA DE NOSSA PÁTRIA


Aos 30 dias do mês de dezembro do ano de 1927, no município de Russas, no Estado do Ceará, nasceu Elias Lopes de Araújo. Filho de agricultores, o jovem Elias, porém, não nascera para a agricultura, embora gozasse de grande prestígio, perante seu velho pai, na execução das tarefas na roça, em virtude de seu hercúleo esforço e virilidade na luta pela própria sobrevivência e de seus entes queridos. Ele tencionava correr o mundo em busca de seu grande sonho, o serviço militar. Mudou-se para a capital cearense, onde buscou em primeiro plano, ingressar no Exército Brasileiro. O Quartel do Exército que serviu foi o 23º Batalhão de Caçadores – 23º BC. O ingresso no EB ocorrera de imediato, haja vista a ótima estatura do jovem, além da grande vocação militar, cuja força expirava, nitidamente, através dos poros do recém-chegado russano. O soldado Elias obteve grande destaque no 23º BC, em virtude de sua extraordinária força física e bravura demonstrada nos treinamentos para a arte da guerra. Conseguira, certa vez, tal qual Sansão, derrubar a todos os soldados de sua brava Companhia, numa disputa de queda-de-braço, passando a ser, ainda mais, respeitado pelos irmãos de farda e admirado pelos superiores. Foi nessa ocasião, que recebeu de um Coronel, o apelido de “russo”, uma alusão à sua cidade natal, Russas, e, também, à grande estatura e força daquele povo forte e belicoso da antiga União Soviética. Soldado por excelência, ao deixar o Exército, ato incontinenti, abraçou a Polícia Militar do Ceará – PMCE. Chegara à conclusão que lutaria, a partir daquele momento, pela paz social. Nascera soldado, decidiu que o seria perpetuamente. Aos vinte e dois anos de idade, destacado para o município de Marco/CE, conheceu a jovem Maria do Carmo, com quem se casou. Deste matrimonio nasceram onze filhos: Eliésio, Eliete, Salete, Elias Filho, Ivonete (Neta), Edileusa, Maria, Antonio, Manoel, Francisco e Fátima. Em meados da década de 50, a família mudou-se para Forquilha, torrão no qual ajudariam a formar, filiando-se ao rol de pioneiros já existentes no pequeno povoado formado pela “forquilha dos três riachos”, que represados, gerou o açude público, maior riqueza do povo forquilhenses. Os pioneiros foram atraídos pelo grande potencial hidrográfico do açude público, verdadeiro “oásis” no meio da caatinga, e, também, da fartura de peixes nele existentes; somando-se ainda o fato de que o grande reservatório d’água, também, alimentava vários sítios que haviam nas planícies do rio que desce do sangradouro, promovendo grande fartura de frutas e leguminosas, destacando-se dentre eles o sitio Santa Isabel. O benefícios proporcionados pelo açude à população, quer seja oferecendo seus peixes, quer seja as frutas e legumes, alimentos esses que tornavam a mesa farta. Enquanto fonte de vida representava o grande reservatório vida em abundancia, beneficiando em especial aos mais pobres, os quis podiam vislumbrar melhores condições de vida, motivando assim, o grande afeto do povo forquilhense por seu berço natal. Com Elias não foi diferente, uma vez trazido pelo 3º Batalhão da Policia Militar do Ceará, sediado em Sobral, para integrar o policiamento de nosso município, experimentou e desenvolveu grande afeto pelo Gancho e por sua gente, tornando-se um forquilhense por adoção. Ocorreu que o comandante do 3º BPM elegeu dentre seus soldados, o homem capaz de promover a pretensiosa missão pacificadora no antigo Distrito de Sobral: Elias, o grande soldado. Foi assim que o jovem soldado chegou a Forquilha e, logo desenvolveu grande afeto por esta terra e sua gente. Ocorreu que o braço forte do bravo soldado pesou sobre toda e qualquer delinqüência que contrariasse a paz do povo forquilhense. No entanto, às vezes o rigor do policial atingia a afilhados políticos, cuja posição fazia com que exigissem tratamentos diferenciados, ou seja, bramiam por impunidades, o que não era tolerado pelo PM, pois, defender e manter a paz era a sua missão suprema, na qual o jovem pioneiro militar não abrira mão para alcançá-la. O resultando daquela tensão conflitante, entre o braço forte do soldado e dos políticos locais, gerou intermináveis idas e vindas de Elias Lopes ao policiamento de Forquilha. Alguns chefes políticos defendiam a nomeação do soldado à frente do destacamento forquilhense, outros se opunham, e, às vezes, os mesmos que se opunham, eram os que apoiavam. Destarte, o policial militar, fora destacado, aproximadamente, vinte vezes para atuar na Força Policial de nosso município. Hoje, este militar da reserva, aos 83 anos de idade, forquilhense por opção, este grande homem, soldado por excelência, cresceu junto com o desenvolvimento da sua querida comunidade forquilhense, na qual escolheu para viver e criar seus treze filhos. Tendo dedicou sua gloriosa carreira militar, numa luta constante pela paz, liberdade e amor pela terra, em cujo solo encravou a sua bandeira e ergueu a espada em busca da convivência pacifica entre os homens. Homenagem do Advogado Dr. Antônio Lopes de Araújo ao seu genitor para postagem neste noticioso de Célio Cavalcante membro Correspondente da ACEJI.

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