O acampamento do DNOCS na vila de Forquilha foi pioneiro em energia elétrica, pois no ano de 1933 seus funcionários receberam o beneficio por parte do Técnico de Engenharia Civil do IFOCS, Sebastião de Abreu, que veio construir os canais de irrigação do Posto Agrícola de Forquilha. Naquele ano foi instalada a primeira máquina a vapor elétrica, conhecida popularmente por Caldeira. Esta máquina se alimentava de combustão de madeira, elevando-se a altas temperaturas, fazia-se mover o Dínamo gerador de eletricidade para abastecer o núcleo habitacional destes funcionários federais. Outro grande benefício foi a encanação de água nas residências dos funcionários, sendo esta água transportada pelo velho Burrinho, uma máquina a vapor, ligada à Caldeira, uma espécie de bomba d'água. Logo em seguida o progresso energético se expandiu às residências das ruas: do Comércio, Vila Nova, no entorno da capela de São Francisco. Este sistema de energia funcionava das 18h30min às 22 h. O interessante é que o operador dessa máquina a vapor, antes de desligar o sistema elétrico às 21h45min, ele acionava uma sirene da própria Caldeira, para chamar atenção de seus usuários para procurarem suas caixas de fósforos e suas lamparinas, pois o aviso foi dado: “somente amanhã retornaremos”. Os primeiros funcionários operadores deste sistema elétrico em Forquilha foram: Francisco Borges de Souza, José Raimundo Celestino, Raimundo Ribeiro de Carvalho, Lourenço Neponunceno e o mecânico eletricista Kinca Frota. A velha Caldeira foi para o museu das secas, de propriedade do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas, em Fortaleza no ano de 1963. Podemos afirmar sem medo de errar que a Instituição DNOCS é uma autarquia voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico do nordeste brasileiro. No princípio do mundo, Deus disse: faça-se a Luz e a Luz foi feita e dada com muita intensidade aos homens de boa vontade! Por Célio Cavalcante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário